Recursos hídricos, ação do estado e reordenação territorialo processo de implantação da barragem e do distrito de irrigação de Ponto Novo no estado da Bahia - Brasil

  1. Araujo da Silva, Onildo
Zuzendaria:
  1. Rubén Camilo Lois González Zuzendaria
  2. Antonio Thomaz Junior Zuzendarikidea

Defentsa unibertsitatea: Universidade de Santiago de Compostela

Fecha de defensa: 2009(e)ko maiatza-(a)k 08

Epaimahaia:
  1. María del Pilar de Torres Luna Presidentea
  2. Román Rodríguez González Idazkaria
  3. Sylvio Carlos Bandeira de Mello Silva Kidea
  4. Jorge Olcina Cantos Kidea
  5. Juan Ignacio Plaza Gutiérrez Kidea

Mota: Tesia

Laburpena

A investigação que apresentamos na tese está centrada na relação entre a gestão do uso da água e a ação do Estado, focada a partir da capacidade técnica desse mesmo Estado de intervir na organização do espaço geográfico, influenciando a constituição de novos territórios. Atenta também para os condicionantes das normas, ou seja, das regras legais e das regras impostas pelas práticas cotidianas de dispor da água para diversos fins. Foca a gestão do uso da água, numa perspectiva que a relaciona diretamente com a gestão do território e com o uso da imagem da seca, principalmente pelo Estado, para legitimar ações de base territorial. O Estado, nesse caso representado pelo governo do estado da Bahia, tem sua ação investigada porque ela foi capaz de mover outros agentes, como empresários, pequenos produtores rurais, comerciantes, proprietários de terras e representantes de associações e sindicatos, no sentido de também agir em prol de uma ampla modificação em um município baiano denominado Ponto Novo. A gestão do uso da água é investigada a partir da construção da barragem de Ponto Novo, pela ação planejada do governo do estado da Bahia, que origina, com a água disponível da represa, um amplo processo de reordenação territorial do município, a partir da implantação de um pólo de agricultura irrigada, envolvendo a disponibilização de terra, tecnologia e infra-estrutura para a agricultura empresarial, com a intenção de irrigar 4.200 hectares de terras. Vale salientar que é um projeto em parceria com o Banco Mundial e que envolveu, também, a relocação ou indenização dos antigos proprietários da terra, ou seja, o Estado relocou pessoas, firmas, instituições, capital e trabalho, numa tentativa de clara reestruturação produtiva.