Retratos da reforma psiquiátricaaproximações entre Brasil e Espanha

  1. Carvalho, Rafael Nicolau 1
  2. Picornell-Lucas, Antonia 2
  1. 1 Universidade Federal da Paraíba - UFPB
  2. 2 Universidade de Salamanca - USAL
Journal:
Argumentum

ISSN: 2176-9575

Year of publication: 2020

Issue Title: As políticas de saúde mental no Brasil e no plano internacional: tendências e desafios

Volume: 12

Issue: 2

Pages: 107-124

Type: Article

DOI: 10.18315/ARGUMENTUM.V12I2.29144 DIALNET GOOGLE SCHOLAR lock_openDialnet editor

More publications in: Argumentum

Abstract

This article presents a qualitative analysis of the deinstitutionalization experiences of Brazil and Spain to build a picture of the psychiatric reform processes within the context of a recent crisis that threatens reformist principles. The study was based on a narrative bibliographic review and documentary research. The analysis suggests that despite the historical and cultural particularities and differences in organizational arrangements for psychosocial care that permeate these countries, both have adopted deinstitutionalization as the main characteristic of their reform processes. It concludes that, currently, the contemporary reform project faces three major challenges: the dismantling of the asylum structure, strengthening the model of psychosocial care, and fighting the asylum logic.

Bibliographic References

  • ALVES, Maria de Fátima Pereira. A doença mental nem sempre é doença: racionalidades leigas sobre saúde e doença mental -um estudo no Norte de Portugal.2008. 398 f. Tese (Doutorado em Sociologia)-Universidade Aberta, Lisboa 2008.
  • ALMEIDA FILHO, Antônio José de et al. Trajetória histórica da reforma psiquiátrica em Portugal e no Brasil. Revista de Enfermagem Referência, Coimbra, v. 4, n. 4, p. 117–125, 2015. DOI: http://dx.doi.org/10.12707/RIV14074.
  • AMARANTE, Paulo. Loucos pela vida: a trajetória da Reforma Psiquiátrica no Brasil.9.ed. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2018.
  • AMARANTE, Paulo. Saúde Mental, Desinstitucionalização e Novas Estratégias de Cuidados. In: GIOVANELLA, L. et al. (org.). Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2017.
  • AMARANTE, Paulo; NUNES, Mônica de Oliveira. A reforma psiquiátrica no SUS e a luta por uma sociedade sem manicômios. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 23, n. 6, p. 2067–2074, jun. 2018. DOI: 10.1590/1413-81232018236.07082018.Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/csc/v23n6/1413-8123-csc-23-06-2067.pdf. Acesso em:25 fev.2020.
  • BRASIL. Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das portadoras de pessoas com transtornos mentais e redireciona o modelo de assistência em saúde mental. Brasília(DF): Senado Federal,2001. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10216.htm.Acesso em:10fev.2019.
  • BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n°336, de 19 de fevereiro de 2002. Estabelece as modalidades dos CAPS. Brasília(DF), 2002. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/prt0336_19_02_2002.html.Acesso em:10fev. 2019.
  • BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n°3.088, de 23 de dezembro de 2011. Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento psíquico ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do SUS. Brasília(DF),2011. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt3088_23_12_2011_rep.html.Acesso em:10 fev.2019.
  • BRASIL. Ministério da Saúde. SAS/DAPES. Coordenação Geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas. Nota Técnica nº 11/2019. Esclarecimentos sobre as mudanças na Política Nacional de Saúde Mental e nas Diretrizes da Política Nacional sobre Drogas. Brasília: fevereiro de 2019. Disponível em: http://pbpd.org.br/wp-content/uploads/2019/02/0656ad6e.pdf.Acesso em:1ºmar.2019.
  • BRASIL. Ministério da Saúde. SAS/DAPES. Coordenação Geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas. Saúde Mental em Dados –12, Ano 10, n.12, out.2015. Disponível em: https://www.mhinnovation.net/sites/default/files/downloads/innovation/reports/Report_12-edicao-do-Saude-Mental-em-Dados.pdf. Acesso em:25 mar.2019.
  • BRITO, Andiara Araújo Cunegundes de; BONFADA, Diego; GUIMARÃES, Jacileide. Onde a reforma ainda não chegou: ecos da assistência às urgências psiquiátricas. Physis, Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 25, n. 4, p. 1293–1312, dez. 2015. DOI10.1590/S0103-73312015000400013.Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312015000401293&lng=pt&tlng=pt.Acesso em:5 fev.2020.
  • CARBAJOSA, Adrián Badallo. Estigma y Salud Mental: un modelo de lucha contra el estigma. Madrid: Editorial Grupo 5, 2012.
  • COSTA-ROSA, Abílio. O Modo Psicossocial: um paradigma das práticas substitutivas ao Modo Asilar. In: AMARANTE, Paulo (org.).Ensaios-subjetividade, saúde mental e sociedade. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2000.p. 141-168
  • DELGADO, Pedro Gabriel. Limites para a inovação e pesquisa na reforma psiquiátrica. Physis, Revista de Saúde Coletiva, Rio de janeiro, v. 25, n. 1, p. 13–18, mar. 2015. DOI10.1590/S0103-73312015000100002.Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312015000100013&lng=pt&tlng=pt.Acesso em:5 fev.2020.
  • DESVIAT, Manuel. Cohabitar la diferencia: de la reforma psiquiátrica a la salud mental colectiva. Madrid: Editorial Grupo 5, 2016.
  • DESVIAT, Manuel. Reforma Psiquiátrica. 2.ed. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2015.
  • DESVIAT, Manuel. La reforma psiquiátrica 25 años después de la Ley General de Sanidad. Revista Española de Salud Pública, Madrid, v. 85, n. 5, p. 427–436, out. 2011. Disponível em: http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1135-57272011000500002&lng=es&nrm=iso&tlng=es.Acesso em:19jan.2020.
  • ESPANHA. Comisión Ministerial para la Reforma Psiquiátrica. Documento General Y Recomendaciones Para La Reforma Psiquiátrica Y La Atención a La Salud Mental. Revista de la Asociación Española de Neuropsiquiatría, Madrid, n. 13, p. 204–222, 1985. Disponívelem: http://www.revistaaen.es/index.php/aen/article/view/14810/14679.Acesso em:20 jan.2020.
  • ESPANHA. Gobierno de España. Ley 14/1986 de 25 de abril, General de Sanidad. Boletin Oficial del Estado, p. 1–24, 1986. Disponível em: https://www.boe.es/buscar/pdf/1986/BOE-A-1986-10499-consolidado.pdf.Acesso em:20 jan.2020.
  • ESPANHA. Ministerio de Sanidaded, Política Social e Igualdad. Estrategia em Salud Mental del Sistema Nacional de Salud (2009-2013). Madrid: Centro de Publicaciones, 2011.Disponível em: https://www.mscbs.gob.es/organizacion/sns/planCalidadSNS/saludMental.htm. Acesso em:5 fev.2020.
  • ESPANHA. Ministerio de Sanidad y Consumo.Estrategia en Salud Mental del Sistema Nacional de Salud(2006). Madrid: Centro de publicaciones, 2007.Disponível em:https://www.mscbs.gob.es/organizacion/sns/planCalidadSNS/saludMental.htm.Acesso em:5 fev.2020.
  • ESPANHA. Ministerio de Sanidad y Política Social. Evaluación de la Estrategia en Salud Mental. Madrid: Centro de Publicaciones,2010.Disponível em: https://www.mscbs.gob.es/organizacion/sns/planCalidadSNS/saludMental.htm. Acesso em:16 mar.2020.
  • FARIAS, Lara Lisboa. Estado, contrarreforma e as políticas de saúde e saúde mental no Brasil. Argumentum, Vitória, v. 11, n. 3, p. 47-66, 2019. DOI10.18315/argumentum.v11i3.22727. Disponível em:https://periodicos.ufes.br/argumentum/article/view/22727/20192.Acesso em:18 fev.2020.
  • GØTZSCHE, Peter.Medicamentos mortais ecrime organizado: como aindústria farmacêutica corrompeu a assistência médica [recursoeletrônico]. Porto Alegre: Bookman, 2016.
  • GUARIDO, Renata. A medicalização do sofrimento psíquico: considerações sobre o discurso psiquiátrico e seus efeitos na Educação. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 33, n. 1, p. 151–161, 2007. DOI10.1590/S1517-97022007000100010.Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-97022007000100010&script=sci_abstract&tlng=ptAcesso em:17 dez.2019.
  • LIMA, Rossano Cabral. O avanço da Contrarreforma Psiquiátrica no Brasil. Physis, Revista de Saúde Coletiva, v. 29, n. 1, p. 1–5, 2019. DOI 10.1590/S0103-73312019290101. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312019000100100&tlng=en.Acesso em:5 fev.2020.
  • LIMA, Telma Cristiane Sasso de; MIOTO, Regina Célia Tamaso. Procedimentos metodológicos na construção do conhecimento científico: a pesquisa bibliográfica. Katálysis, Rio de Janeiro, v. 10, n. especial-Pesquisa em Serviço Social, p. 37–45, 2007. DOI10.1590/S1414-49802007000300004. Disponível em: http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/katalysis/article/view/1030.Acesso em:31 maio 2020.
  • MONSALVE, Mariano Hernández. Rehabilitación psicosocial: perspectiva actual y directrices en la Reforma Psiquiátrica. Estudos de Psicologia, Natal, v. 16, n. 3, p. 295–303, dez. 2011. DOI 10.1590/S1413-294X2011000300013.Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2011000300013&lng=es&tlng=es.Acesso em:19 mar.2020.
  • ROTHER, Edna Terezinha. Revisão sistemática X revisão narrativa. Acta Paulista de Enfermagem, São Paulo, v. 20, n. 2, p. v–vi, jun. 2007. DOI 10.1590/S0103-21002007000200001.Disponível em:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002007000200001&lng=pt&tlng=pt.Acesso em:10 fev.2020.
  • PINHO, Leandro Barbosa de; BAÑON HERNÁNDEZ, Antônio Miguel; KANTORSKI, Luciane Prado. Trabalhadores em saúde mental: contradições e desafios no contexto da reforma psiquiátrica. Escola Anna Nery, Rio de Janeiro, v. 14, n. 2, p. 260–267, jun. 2010. DOI 10.1590/S1414-81452010000200008.Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452010000200008&lng=pt&tlng=pt.Acesso em:3 mar. 2019.
  • PITTA, Ana Maria Fernandes. Um balanço da reforma psiquiátrica brasileira: instituições, atores e políticas. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 16, n. 12, p. 4579–4589, dez. 2011. DOI 10.1590/S1413-81232011001300002. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232011001300002&lng=pt&tlng=pt.Acesso em:13 dez.2019.
  • SERAPIONI, Mauro. Crise econômica e desigualdades nos sistemas de saúde dos países do Sul da Europa. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 33, n. 9, 28 set. 2017. DOI 10.1590/0102-311x00170116.Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2017000903001&lng=pt&tlng=pt.Acesso em:17 mar.2020.
  • SILVA, Martinho Braga Batista e. Reforma, responsabilidades e redes: sobre o cuidado em saúde mental. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 14, n. 1, p. 149–158, fev. 2009. DOI 10.1590/S1413-81232009000100020.Disponível em:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232009000100020&lng=pt&tlng=pt.Acesso em:3 mar. 2019.
  • SIQUEIRA-SILVA, Raquel; NUNES, João Arriscado; MORAES, Marcia. Portugal e Brasil no cenário da saúde mental. Fractal, Revista de Psicologia, Rio de Janeiro, v. 25, n. 3, p. 475–496, dez. 2013. DOI 10.1590/S1984-02922013000300005.Disponível em:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-02922013000300005&lng=pt&tlng=pt.Acesso em:10 mar. 2019.
  • WOLF, Paulo José Whitaker; OLIVEIRA, Giuliano. Contento. Os sistemas de proteção social do Brasil e dos países da Europa Meridional: uma análise comparada. Texto para Discussão. Unicamp-IE, Campinas, n. 288, mar. 2017.